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Introdução

O Instituto Butantan, fundado em 1901, é uma das mais prestigiosas instituições científicas do Brasil. Reconhecido mundialmente por seu trabalho com animais peçonhentos, é hoje um destacado centro de pesquisa biomédica, que integra pesquisa científica e tecnológica, produção de imunobiológicos e divulgação técnico-científica, buscando a atualização e integração de seus recursos e, com isso, a inovação. Ligado à Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, contando com aproximadamente 2000 funcionários e mais de 30 laboratórios, o Butantan é responsável pela produção em grande escala de vacinas, soros e outros biofármacos de interesse para a saúde pública. A diversidade de pesquisas, o aparato tecnológico de ponta e a história centenária são pilares fundamentais que ajudam a intensificar as parcerias e as trocas internacionais, que sempre marcaram positivamente a trajetória da instituição. Desenvolver produtos biológicos, promover as ciências básica e aplicada e difundir o conhecimento científico tendo como foco a saúde pública: esse conjunto de fatores sintetiza a missão da instituição e a projeta para enfrentar os desafios do século XXI.

Além dos biofármacos utilizados para ilustrar este jogo, citamos também os seguintes:

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Dengue

A Vacina Dengue Butantan é o resultado do tipo de ciência transdisciplinar produzido no Instituto, que graças às parcerias fundamentais com o NIH (National Institutes of Health), o Instituto Adolfo Lutz, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) (Instituto Central e Instituto da Criança) e o fomento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), desenvolve a pesquisa da Vacina Dengue e agora inicia a fase III de ensaios clínicos, que, a se confirmar os resultados extremamente positivos das fases anteriores, será uma contribuição de grande importância para a saúde pública.

A vacina avança agora para os testes necessários para a aplicação e produção em larga escala. Em breve, teremos os resultados definitivos. No momento, o Butantan está realizando os testes clínicos em todo o território nacional, contando com a participação decisiva de milhares de voluntários empenhados na vitória da Vacina Dengue Butantan. Um rigoroso processo precisa ser seguido para que uma vacina possa ser disponibilizada. Antes de ser oferecida à população, a vacina é estudada em modelos animais (estudos pré-clínicos). Em seguida, ela precisa ser estudada em humanos (estudos clínicos). Na fase I, o objetivo é demonstrar que a vacina está apta a ser utilizada em humanos. Em seguida, na fase II, observa-se a capacidade da vacina em estimular o sistema imunológico para a produção de anticorpos. Por fim, na fase III, busca-se a comprovação de que a pessoa vacinada está protegida contra a infecção. Na primeira, uma pequena produção de vacina com os quatro vírus atenuados foi feita nos EUA para avaliar sua segurança nas pessoas. Uma vez demonstrada a segurança, esses vírus foram encaminhados ao Instituto Butantan para o aprimoramento e produção da vacina e posterior realização dos estudos clínicos. Logo depois, ao receber os vírus da vacina, o Butantan desenvolveu uma técnica para que ela durasse mais de um ano e pudesse ser usada como qualquer outra vacina. Os estudos de fase III, que podem confirmar sua eficácia tiveram início em meados de 2016 com 17 mil voluntários de todo o Brasil.

Cumprido o protocolo da ciência responsável, teremos uma vacina capaz de combater, com apenas uma dose, os quatro vírus da dengue. Essa conquista será destaque na história da ciência brasileira, e o Instituto Butantan afirmará mais uma vez a importância de uma instituição pública à frente da produção de imunobiológicos. É o primeiro produto dessa natureza desenvolvido totalmente no Brasil.

Por fim, o Instituto agradece os 17 mil voluntários da fase III, sem os quais não seria possível comprovar a eficácia da vacina.


Pentavalente Rotavírus

Em parceria com os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH), o Butantan desenvolveu a produção da vacina pentavalente de rotavírus. Esta vacina, de administração oral, é composta por cinco cepas de rotavírus humanos e bovinos rearranjados geneticamente e atenuados. A nova vacina contemplará de forma abrangente os genótipos mais comumente encontrados no Brasil e contribuirá para diminuir a incidência de hospitalização e óbitos por rotavírus em nosso meio, especialmente em crianças menores de cinco anos de idade. Além disso, terá custo menor que a vacina atualmente utilizada, por ser produzida com tecnologia nacional, além de uma maior cobertura, uma vez que a vacina em uso é monovalente.


ONCO-BCG Recombinante – Tratamento de câncer de bexiga

A cepa de BCG (Bacilo Calmette Guerin) é usada não apenas como vacina contra tuberculose, mas também como imunoterápico no tratamento de papiloma da bexiga, evitando, na maior parte dos casos, a cirurgia e/ou quimioterapia. Considera-se que o tratamento com o BCG mobiliza uma resposta imune que previne ou retarda o ressurgimento do tumor. Estudos em um modelo animal de tumor de bexiga demonstraram que a cepa de onco-BCG-recombinante-Pertussis desencadeia uma resposta imune modificada e sugerem que o BCG-recombinante seria mais eficaz no tratamento de tumores. Esta cepa está sendo preparada em formulação como imunoterápico em condição de Boas Práticas de Fabricação para realização dos ensaios clínicos de fase 1. Este projeto conta com o apoio do BNDES.​